O Conselho Curador do FGTS aprovou nesta terça-feira, 15, a ampliação oficial do Programa Minha Casa, Minha Vida com a criação da Faixa 4, voltada à classe média brasileira. A nova modalidade permitirá que famílias com renda mensal de até R$ 12 mil possam financiar imóveis entre R$ 350 mil e R$ 500 mil, com juros nominais de 10% ao ano.
Com a medida, brasileiros com renda formal e capacidade de pagamento, mas que até então estavam fora do alcance do programa, passam a contar com condições mais seguras e previsíveis de financiamento habitacional.
A Faixa 4 será viabilizada com uma combinação de recursos: R$ 15 bilhões do FGTS e outros R$ 15 bilhões provenientes do mercado de capitais, via SBPE e fundos privados.
Para o presidente da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário de Sergipe (ADEMI-SE), Evislan Souza, a novidade chega em um momento estratégico. Segundo ele, a entidade vai acompanhar a regulamentação, orientar os associados e articular parcerias com bancos, governos e prefeituras.
“O mercado está aquecido, com alta demanda em cidades como Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Itabaiana e Lagarto. Esse novo teto permite projetos com padrão mais elevado, tanto verticais quanto horizontais, e oferece segurança para as empresas estruturarem novos empreendimentos voltados a um público que antes estava desassistido”, afirma.
Além da criação da nova faixa, o Conselho também aprovou a atualização dos limites de renda nas Faixas 1, 2 e 3, além do reajuste nos valores máximos dos imóveis conforme o porte populacional, tornando o programa mais adequado às diferentes realidades regionais do país.
Nos grandes centros, o teto do valor financiável será de R$ 264 mil. Já nas capitais e cidades com mais de 300 mil habitantes, os valores variam entre R$ 250 mil e R$ 230 mil. Em municípios menores, os limites chegam a R$ 220 mil ou R$ 210 mil, dependendo da classificação populacional e regional aprovada.