Durante o Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC) 100, realizado na última semana, em São Paulo, especialistas apontaram a precificação como o principal desafio da Reforma Tributária para o setor da construção.
A nova lógica, com a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) , exigirá das empresas mudança de mentalidade e adaptação imediata.
Para o presidente da Associação dos Dirigentes das Empresas da Indústria Imobiliária de Sergipe (ADEMI-SE), Evislan Souza, o momento exige união e preparação técnica por parte do setor imobiliário sergipano.
“A Reforma Tributária é uma pauta que impacta diretamente a cadeia produtiva da construção e do mercado imobiliário. Estamos diante de um cenário de muitas mudanças, especialmente no que diz respeito à precificação dos empreendimentos, que agora exigirá um olhar ainda mais técnico e estratégico. A ADEMI-SE está empenhada em promover o diálogo, oferecer capacitação e garantir que as empresas sergipanas estejam prontas para essa transição de forma segura e eficiente”, expressou.
Ilso de Oliveira, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), alertou que a transição exigirá ajustes operacionais e estratégicos: “O modelo antigo e o novo vão coexistir, e as empresas precisarão se preparar desde já.”
Rodrigo Dias, da VBD Advogados, reforçou que a nova tributação passa a gerar créditos e exige atenção na composição de preços. “Não basta pagar menos. Será necessário gerar mais crédito.”
Fernando Guedes, do CONJUR-CBIC, destacou que a não-cumulatividade exigirá maior controle fiscal e interação entre diferentes setores para evitar distorções. Caio Portugal (AELO) e Celso Petrucci (Secovi-SP) reforçaram que o tema precisa entrar nas rotinas de planejamento estratégico das empresas.