Sergipe conseguiu alcançar um feito extremamente relevante sob a perspectiva socioeconômica. Segundo informações divulgadas recentemente pelo Observatório do Trabalho do estado, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), tendo como referência o mês de setembro: o número de trabalhadores formais (com carteira assinada) no estado ultrapassou o de famílias que recebem o benefício do Programa Bolsa Família.
Segundo a análise do Observatório do Trabalho, no mês de setembro, Sergipe registra 357.444 empregos formais. Comparando o número de trabalhos formalizados com o de famílias assistidas pelo programa social, que é de 356 mil famílias atendidas pelo Bolsa Família no estado, os números podem ser considerados animadores.
De acordo com Jorge Teles, secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo, este panorama representa uma mudança estrutural no estado.
“O trabalho volta a ser o principal instrumento de geração de renda e dignidade. Isso mostra que a política de emprego e renda vem funcionando”, avaliou Teles.
Somente em setembro, Sergipe registrou um saldo positivo de 5.962 postos de empregos formais criados no estado. Em comparação aos números do mês de agosto deste ano, registra-se um crescimento de 1,70% na geração de trabalhos formais.
Em comparação ao mesmo período de 2024 (5.683), o número representa um aumento de 4,9%. No acumulado de 2025, Sergipe contabiliza 14.773 novos postos de trabalho e, considerando o período de outubro de 2024, a setembro de 2025 (os últimos 12 meses), o balanço é extremamente positivo e soma 15.429 empregos.
Ainda conforme a demonstração do Caged, no último mês de setembro a geração de empregos foi alavancada, exponenciamente, pelo setor industrial, que concentrou o maior saldo de vagas, com 1.585 novos postos de trabalho. Na sequência, a alta foi sequenciada pela agropecuária, com 1.464 novas contratações, e pelo setor de serviços, com 1.433 carteiras assinadas. Os segmentos da construção civil e do comércio registraram, respectivamente, 880 e 600 postos de trabalho.
Para o presidente da Associação dos Dirigentes das Empresas da Indústria Imobiliária de Sergipe (ADEMI-SE), Evislan Souza,os números divulgados pelo Observatório do Trabalho do estado evidenciam o bom momento que o setor atravessa e apontam um norte a ser seguido no que diz respeito ao desenvolvimento infraetrutural e socioeconômico de Sergipe.
“São mais de 800 empregos formais gerados pela construção civil em setembro. Sergipe vive uma virada estrutural, onde o trabalho volta a liderar a transformação social. É hora de acelerar o investimento inteligente e consolidar a habitação como vetor de dignidade e desenvolvimento”, analisa o dirigente da ADEMI-SE.