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Mercado imobiliário de luxo em Sergipe: expansão exige responsabilidade e transparência

O mercado imobiliário de luxo no Nordeste vem ganhando cada vez mais força e se consolidando como um dos principais vetores de crescimento da construção civil na região. Cidades como Fortaleza, Salvador e Recife já estão no radar de investidores e compradores exigentes, e Sergipe também acompanha esse movimento.

O crescimento desse segmento não apenas impulsiona a economia, gerando empregos e atraindo capital, mas também transforma a paisagem urbana, elevando o padrão dos empreendimentos e trazendo novas oportunidades para o setor.

Segundo análise da Associação dos Dirigentes das Empresas da Indústria Imobiliária de Sergipe (ADEMI-SE), a cada empreendimento de luxo lançado, toda uma cadeia produtiva se movimenta. São mais empregos diretos e indiretos, mais arrecadação de impostos e mais investimentos em infraestrutura.

“O que queremos é um mercado imobiliário forte, estruturado e confiável. O luxo tem espaço para crescer, mas precisa caminhar lado a lado com segurança jurídica, transparência e planejamento. O comprador precisa ter a certeza de que está investindo em algo sólido, e o setor precisa garantir que o crescimento seja ordenado, sem brechas para riscos e sem comprometer a organização das cidades. Em Sergipe, seguimos atentos para que esse desenvolvimento aconteça de forma responsável, beneficiando todos os envolvidos”, destaca Evislan Souza, presidente da ADEMI-SE.

Com esse movimento, o setor de serviços também se fortalece, impulsionado por uma nova demanda de alto poder aquisitivo que busca qualidade e exclusividade. Esse crescimento traz oportunidades, mas também desafios que precisam ser observados com atenção.

Para a ADEMI-SE, o aumento expressivo no valor do metro quadrado pode impactar a classe média e baixa, tornando o acesso à moradia mais difícil para parte da população e elevando o custo de vida em determinadas regiões. O crescimento do setor precisa ser ordenado e equilibrado, garantindo que a valorização imobiliária não afaste as pessoas dos centros urbanos e que haja espaço para todos no mercado habitacional.

Outro ponto de atenção é a necessidade de segurança jurídica no setor. Com o mercado aquecido, surgem modelos que nem sempre oferecem a garantia e a previsibilidade que o comprador precisa. É o caso das associações pró-moradia, que atuam sem seguir o modelo de incorporação imobiliária e podem expor o consumidor a riscos.

No modelo tradicional de incorporação, seguido pelos associados à ADEMI-SE, há garantias contratuais, fiscalização dos órgãos reguladores e um histórico de credibilidade das empresas. Já nessas novas modalidades, a segurança fica comprometida, pois não há as mesmas exigências de compliance, solidez financeira e transparência documental. Muitas vezes, o preço inicial pode parecer mais vantajoso, mas sem as garantias corretas, o barato pode sair caro. O risco de inadimplência, atrasos ou até de projetos que nunca saem do papel é real quando a negociação foge das regras do mercado formal.

“A segurança jurídica é a base de qualquer mercado imobiliário sólido. O que está em jogo aqui não é apenas o patrimônio das construtoras e incorporadoras, mas a confiança do comprador, a estabilidade do setor e a própria organização das cidades. É preciso garantir que o desenvolvimento imobiliário aconteça com responsabilidade, dentro da legalidade e com mecanismos que protejam o consumidor e a economia local”, completa Evislan.

Em Sergipe, a ADEMI-SE segue acompanhando essa evolução do mercado de luxo e reforçando a importância do crescimento sustentável e seguro do setor. O momento é positivo, o mercado segue aquecido e as oportunidades são grandes, mas a expansão precisa acontecer com planejamento, transparência e um compromisso com o desenvolvimento equilibrado das cidades.

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